terça-feira, 31 de julho de 2012

"...E ELES SE TORNARÃO UMA SÓ CARNE". Mas peraí: A sua carne ou a minha?


Em que Deus estava pensando quando projetou dois indivíduos únicos, que nunca seriam copiados, estranhamente maravilhosos, com as próprias visões, sonhos e objetivos, e depois disse a eles: “Agora vocês vão se tornar uma só carne”? E qual de nós dois nós devemos nos tornar? Ele deve se tornar como eu, ou eu devo me tornar como ele?  O que Deus está realmente nos pedindo para fazer e qual é o Seu propósito com tudo isso?
             A união de duas pessoas em um casamento harmonioso é um processo que leva tempo, e eu sou a primeira a admitir que fazer um relacionamento dar certo é difícil e por vezes até doloroso.  Muitos casais dependem do amor para manter o casamento de pé, mas o compromisso é a cola do casamento, e o amor é a recompensa por manterem a promessa de permanecer um ao lado do outro nos bons e maus momentos, na saúde e na doença, na pobreza e na riqueza.  O processo de manter essa promessa é o que faz o amor crescer entre os dois.
            A história de como Allan e eu nos encontramos é provavelmente parecida com a de muitos de vocês.  Nos conhecemos quando crianças, pré-adolescentes (quando essa fase ainda existia, kkkkkkk).  Participávamos ativamente de grupos de adolescentes da igreja, e por isso realizávamos congressos regionais e até estaduais (Vocês devem conhecer alguns: CONGA, PIABA, ABASE, etc.). Allan era o amigão de todos, engraçado, contador de piadas, adorava fazer imitações e era sempre o centro das atenções.  Eu era diferente, sempre a líder, ocupada com alguma reunião ou evento, não piscava o olho atenta pra saber se alguma coisa estava dando errado, mas adorava ir nesses congressos pra arrumar um namoradinho! Sempre fomos amigos, mas nunca nos imaginávamos juntos.  O tempo (e também faculdade, trabalho, compromissos...) cumpriu seu papel de nos afastar.  Nunca mais nos vimos.
            Os anos se passaram, Allan teve seus relacionamentos, e eu os meus; até que um dia, uma amiga me chamou pra ver a banda do namorado dela tocar em um evento (desses que nós participávamos, mas que a esta altura já havia se extinguido).  Esse evento era uma proposta de volta ao “Encontrão”, quando adolescentes evangélicos se reuniam no Clube Vitória – Parque Moscoso, para cantar, louvar e se encontrar.  Fazia tempo que eu não ouvia falar mais desses encontros... eles não existiam mais...
            Enfim, resolvi aceitar o convite de Erika pra relembrar nossos velhos encontros e fui.  encontrei Allan, que também foi com a expectativa de reviver o “Encontrão” que desta vez aconteceu em Itaparica, Vila Velha.
            Essas duas pessoas, tão diferentes, se encontram ali, em sua “volta ao passado”, e desde então nos encontramos todos os dias, até hoje.  Allan, sempre aquele brincalhão, mas comprometido com Deus, demorou pelo menos uns 6 encontros pra chegar um pouquinho mais perto de mim.  Para o primeiro beijo acontecer então, ele me pediu permissão!!  Acredita????
            Eu, o oposto dele, me divertia com aquela situação, e falava comigo mesmo: “Caramba! E eu que achava que o normal era beijar primeiro e depois perguntar ‘qual o seu nome’? 
            Allan viu em mim uma esposa, ele queria que tudo corresse de acordo com o que Deus tinha projetado.  Eu não conseguia ver aquele inicio de relacionamento como nada sério, ou com futuro promissor.  Futuro?  Claro que eu pensava em meu futuro:  Minha carreira, minhas produções, meu carro, meu apartamento, só pra mim, não dava pra encaixar ninguém nos meus planos naquele momento.  Mesmo assim, cerca de 1 ano depois: Nós nos casamos, e então a diversão começou.
            Allan diz que sempre gostou daquela “chama” original na minha personalidade.  Houve muitas vezes em que essa chama gerou discussões, mas com o passar dos anos, Deus transformou nós dois.  Eu costumava achar que Allan realmente se divertia com meus rompantes de temperamento.  Me lembro das vezes em que estávamos discutindo acaloradamente e Allan conseguia mudar minha atitude ao dizer com um sorriso: “Ei, mas aqui está a menina brava que eu tanto gosto – mantenha essa chama acesa!”
            Ambos concordamos que para o nosso casamento estar durando até hoje, foram necessárias muitas noites de oração e apoio de pessoas que nos amam e querem nos ver bem.  Allan sempre brincalhão e tranquilo, não me parecia estar comprometido como o cabeça do lar, o líder e provedor da casa.  Eu, o stress em pessoa, sempre tentei resolver tudo com a força do meu braço, ocupando assim o lugar de meu marido.  Se duas pessoas precisam se tornar uma só carne, como Deus costuma repetir na Sua Palavra, era óbvio que teríamos de fazer algumas mudanças.  Por muito tempo me parecia certo que Allan era a pessoa que precisava de correções.
            Allan queria que eu mudasse, e eu queria que ele mudasse.  Mas precisei chegar ao ponto em que finalmente compreendi que eu precisava fazer o que era certo, quer Allan mudasse ou não.  Ainda que ele jogasse videogame todo sábado, e comprasse coisas caras (que a meu ver eram absolutamente desnecessárias) pelo resto de sua vida, eu precisava agir corretamente independentemente do que ele fizesse.
            É impressionante como Deus transforma as coisas. As mesmas situações que costumavam gerar separação e conflitos entre nós ainda existem, mas elas não têm mais o efeito de divisão que tinham sobre nós.  Antes eu o importunava e estava furiosa o tempo todo, e ele havia aprendido a me ignorar.  Agora, estamos aprendendo a ser sinceros com os nossos sentimentos sem ameaçar a segurança um do outro.  Estamos aprendendo a encontrar o momento certo para confrontar um ao outro com os problemas que costumavam nos lançar em cantos opostos do ringue. Claro, ainda estamos aprendendo!
            Nem o marido nem a esposa estabelecem o padrão do que o outro deve se tornar. Só Cristo é o modelo ao qual devemos nos adaptar.  Atingir o objetivo de se tornar um com o outro é um processo diário, assim como se tornar semelhante a Cristo é uma trajetória de estudo que dura uma vida inteira.  É doloroso trabalhar em um relacionamento, mas é mais doloroso colher fracasso, dissensão e separação daqueles a quem amamos porque simplesmente os negligenciamos e plantamos sementes ruins. 
            O plano de Deus pra nós é restaurar o nosso relacionamento com Ele e, depois, o nosso relacionamento um com o outro.  Deus não mudou o nosso estilo individual ou a nossa forma de encarar a vida; Ele tem transformado o nosso coração para aceitarmos melhor um ao outro.  Ele tem nos ensinado a nos adaptar e a suprir as necessidades um do outro quando possível; Ele tem nos ensinado a cuidar um do outro como se estivéssemos cuidando de nós mesmos.
            Se todos nós pudéssemos praticar essa habilidade de aceitar e cuidar um do outro em casa, esses padrões de relacionamento poderiam se irradiar para a maneira como tratamos as pessoas no trabalho, no nosso bairro e no nosso mundo. Então, o mistério do relacionamento do qual Deus falou em Efésios 5:32 começaria a revelar seu segredo.

terça-feira, 24 de julho de 2012

COMEÇAR DE NOVO...



Muitas coisas nos preocupando... Saímos de um país que nos trazia prosperidade financeira, mas onde era difícil crescer enquanto família, ou espiritualmente.  Viemos para nossa casa original, onde nascemos e crescemos, onde cremos que podemos criar nossos filhos de forma mais unida, sem a pressão de termos que “colocá-los no mundo” assim que completarem 18 anos para que “cresçam”. 
Oramos.  Oramos muito ao sair daquele país, e entendemos que esta era a vontade de Deus pra nós.  Chegamos com o propósito de fazer diferente, de ter uma vida diferente da que tínhamos lá. E a vida real recomeça: encontramos emprego, reformamos nossa casa, procuramos escolas para os meninos, e aqui estamos, construindo nossa vida, nossa casa, nosso futuro. Lutamos e trabalhamos tanto, com tantas dificuldades e problemas financeiros que acabamos não tendo tempo para os meninos, um para o outro, e, principalmente, pra Deus.
Às vezes tenho a impressão de que ainda estamos vivendo uma vida americana, mesmo tendo voltado para o Brasil. O que será que está errado?
“Enough about myself”… Chega de falar de mim e vamos estudar um pouquinho a bíblia?
Hoje quero escrever sobre o livro de Ageu. É um livro pequeno, mas cheio de riquezas de detalhes e com uma mensagem de Deus tremenda.
Para aqueles que não sabem, o livro de Ageu fala basicamente da reconstrução do templo que havia sido destruído durante o tempo que o povo de Israel ficou exilado.
É um momento histórico muito delicado, pois eles estão voltando do exílio, de um lugar de prisão para a reconstrução de uma vida, de uma identidade, sem motivação nenhuma para viver. Quando esse povo volta para a sua cidade, eles começam a reconstruir não só as suas casas, não só suas identidades, mas o seu relacionamento com Deus.
Quando começam a reconstruir suas vidas, eles têm uma atitude totalmente contrária a de Davi. Davi, em todo o tempo, se preocupou primeiro com a casa de Deus. Em 2Samuel 7:2 vemos a preocupação de Davi em construir uma casa para Deus:
Disse o rei ao profeta Natã: Olha, eu moro em casa de cedros, e a arca de Deus se acha numa tenda. Disse Natã ao rei: Vai, faze tudo quanto está no teu coração, porque o SENHOR é contigo.
Depois vemos a construção desse esplendoroso templo no reinado de Salomão.
E o povo, no livro de Ageu, deixa a casa de Deus de lado e constroem para si tudo do bom e do melhor. Enquanto suas casas estavam lindas e perfeitas, o templo de Deus continuava destruído. Obvio, com uma desculpa: não é o tempo da casa de Deus ser restaurada! O povo dava desculpas para não fazer a vontade de Deus. Na verdade, aquele povo estava numa crise de identidade porque olhavam para a glória do templo construído por Salomão e viam que jamais conseguiram fazer para Deus um templo com aquela glória. Eles queriam fazer algo grande para Deus, mas a única coisa que Deus queria era que o coração deles estivessem primeiro n’Ele, mesmo que fosse para construir um pequeno templo sem toda aquela pompa e majestade. Deus não estava preocupado com o tamanho da casa, o tamanho da obra, mas queria ver no povo uma atitude de arrependimento e prioridade na vontade de Deus.
Precisamos parar de dar desculpa para cumprir a vontade de Deus, falo isso primeiro para mim. Dizemos que não é hora, que queremos fazer algo grande. Deus não pede algo grande. Deus diz o seguinte: “Faça uma coisa pequena, meu filho e, dessa coisa pequena, EU farei algo grande e não você!”
Chega uma hora em que o povo de Israel chora por causa da precariedade da obra e lembra a beleza e a majestade do templo de Salomão; no meio dessa tristeza, Deus em sua infinita misericórdia, visita seu povo e com muito amor fala: “façam o que vocês têm de fazer”! Eu sou o dono do ouro e da prata e “a glória dessa segunda casa será maior do que a primeira.”
Deus não despreza os pequenos começos, ele apenas pede que a Sua vontade seja feita. Pede para sermos simples, fazermos coisas pequenas sem nos preocupar com coisas grandiosas demais. Sem nos preocupar com o "grande". Isso é Ele quem faz.
Sabe por que Deus disse que a glória dessa casa seria maior que a primeira? Porque as bases daquele pequeno templo, aquele templo simples, foram as bases do mesmo templo que Jesus leu as escrituras. A glória daquele templo lindo e tremendo teve as suas bases edificadas e fundamentadas nesse pequeno templo de madeira feito em Ageu.
A minha vida e sua vida podem ser poderosas se a vivermos de forma simples. Se eu for fiel apenas no pouco que eu tenho.
Existem muito mais coisas para se falar desse livro. Deus não se esquece das suas promessas, Deus não se esquece de nós. Por mais que passe tempos e mais tempos. Ele cumpre. Sempre cumpre.
Estamos aqui Senhor, na terra onde o Senhor nos apontou.  Sei que por muitos momentos procuramos servir a nós mesmos, pensamos em nossa carreira, nosso bem-estar, nosso futuro, nos esquecendo de que é o Senhor quem provê.  Do Senhor é nosso futuro, e para o Senhor é que devemos trabalhar.  Toma nosso coração, e toda nossa alma, pois queremos viver só para Ti.  Sempre que respirarmos, e a cada dia quando acordarmos, faça a Tua vontade em nossas vidas.  Este é nosso desejo: Viver para Ti!
Eis me aqui. Envia-me.
Isaías 6:8 

quarta-feira, 18 de julho de 2012

FÉRIAS ESCOLARES: Socooorrooo!!!!!

férias escolares em casa


          É minha gente... Pelo visto o friozinho chegou junto com as férias da criançada!  Mas não vamos desanimar!  Mesmo que a gente não consiga levar a turminha pra pegar um sol na praia, ainda temos várias opções!
A própria praia, por exemplo.  Que delícia é colocar um moletom e ir curtir um calçadão de bicicleta ou a pé, brincar no playground da areia e fazer muita farra!!  Não precisamos de sol pra isso, não é?


            Eu, como moro em um bairro residencial pequeno, sou adepta das pracinhas!  Você já curtiu uma pracinha?  É um lugar perfeito pra ir com as crianças de bicicletas, patinetes e skates!  Tomar um picolé, fazer um torneio de pular corda, e deixar a turminha correr, mas correr muito!  Pracinha é uma ótima opção para passar a tarde nesse clima gostosinho, sem aquele sol escaldante queimando a cabeça da gente!! 

 

            Mas e se chover?  Calma!  Ainda dá pra se divertir!!  Podemos fazer uma manhã da preguiça, todo mundo na cama da mamãe, tomando chocolate quentinho, e comendo pão de queijo!  E à tarde podemos fazer um Campeonato de Games: Dominó, Cara a Cara, Uno entre outros!! Acredite – é muito gostoso!!!  Video-games e Games de mão também são muito bem vindos! Colocar fantasias pra brincar de faz de conta, construir fortes e cabanas, ajuda a gente a se tornar criança outra vez!  Não fique grilada com a bagunça não!  Eles estão de férias, é o momento pra isso!! Cinema em casa, com colchões espalhados pela sala, muita pipoca e guaraná também é uma opção que vale à pena nos dias chuvosos!!!

 
            Agora, se não estiver chovendo, por favor, não fique em casa!!!  Vá curtir com seus filhotes!  Sabe um ótimo lugar pra fazer um piquenique?  O Parque da Pedra da Cebola!!  Lá é uma delícia, tem trilhas pra andar, correr ou pedalar, tem playgrounds, tem patos, gansos, e outros animais, tem um gramado delicioso pra gente estender aquela toalha de mesa xadrez e colocar nossa cesta de piquenique!!  As crianças  jogam bola, frescobol, brincam e correm, correm muito dos patos que estão sempre por perto!!  É muito divertido!!
            A última vez que fomos ao Parque da Pedra da Cebola, meus meninos me fizeram andar o parque inteiro...  Foi uma longa caminhada... Passamos pelo campo de Beisebol, pela quadra de ginástica, por todos os lagos, fomos lá em cima na Pedra propriamente dita, enfim... Andamos toda a rota!! 

 



            Outro parque gostoso de visitar é o tradicional Parque Moscoso! Fala a verdade: Há quantos anos você não passa por lá?  Depois do “advento” 3º Ponte, nós aqui de casa quase não passamos pelo centro de Vitória.  Bom, “quase” é mentira!  Nós NUNCA passamos pelo centro!  Mas outro dia desses decidimos ir até o Parque Moscoso levar as crianças, afinal, esse parque faz parte de minha infância!  Eu me lembro que todas as vezes que minha avó me levava ao médico, nós tínhamos que – obrigatoriamente – dar uma paradinha no Parque Moscoso!!  Que delícia!  Bom lembrar daqueles cavalinhos do Playground, dos macaquinhos que a gente tentava “alimentar”, das diversas pontezinhas, onde a gente parava pra ver os peixinhos passarem lá em baixo, dos carrinhos de corrida (com motor e tudo), que circulavam a área do Play.  Como era bom!!!
            Nós arriscamos, e gostamos!  Os meninos gostaram muito do Parque Moscoso, mas gostaram mais ainda das histórias que eles ouviam da mamãe e do papai e suas aventuras no parque!


            Agora, se vocês estão todos de férias – não só as crianças – não deixem de dar um pulinho em nossas montanhas!  Existem várias opções de baixíssimo custo!  Acredite!!  São pousadas simples, onde os próprios donos tomam conta, preparam o quarto, comida e tudo!  Em Venda Nova, não deixe de comer a Pizza de Polenta!!  Delícia demais!!  Em Campinho não se esqueça do biscoitinho de nata, e do pão de banana!!  Se você for pra Santa Teresa não volte pra casa sem um Doce de Jaca (meu particularmente preferido), ou doce de leite, e um Vinho de Jabuticaba!!  Muito Bom!!
            É muito bom viajar em família, mesmo que seja por poucos dias.  Pousadas como Milli Piaceri (Santa Teresa), Hospedaria Rio da Prata (Santa Leopoldina), Pesque e Pague Pedra da Onça (Itarana), entre outras, são excelentes opções de simplicidade e aconchego com preço baixo e muito carinho!!!
            Os donos é que cuidam de nós!  E a palavra “cuidam” vem de propósito, pois é assim que nos sentimos.  Como se estivéssemos na casa de um familiar do interior, daqueles que não gostam de ver nosso prato vazio, “come mais um pouquinho!”, que brincam com nossos filhos, dão mudinhas de plantas pra gente levar pra casa, vão fazer trilha, chamar os macaquinhos e colher uvas com a gente... Poderia ficar o dia inteiro aqui elogiando esses amados, que nos tratam como filhos!!

           
       
            Se você decidir pegar a estrada, aí vai uma dica, aliás, uma exigência:  Dê uma paradinha no caminho pra comer um Pão com Linguiça!  É tudo de bom!!!
            Até o trajeto para nosso passeio pode ser divertido!  Basta estarmos atentos à estrada, pararmos quando necessário, e não deixar o stress tomar conta.  Existem muitas brincadeiras que você pode fazer quando está dentro do carro, que ajudam a passar o tempo:  Desde CDs com músicas ou histórias que vocês gostam,  jogos com as placas de trânsito, jogos com os diferentes modelos e cores dos carros que estão passando, entre outras coisas.  O importante é não desanimar!!       

 

           Nas férias, o importante é não grilar!!!  Não se incomode com a bagunça, com a sujeirada, com os pingos de sorvete na roupa, etc. Eles vão se sujar mesmo, e muito...   Depois, amiga, a gente coloca um vanish na máquina e fica só com as boas lembranças!!  Pois é isso mesmo que fica, a lembrança de se divertir com Papai e Mamãe, de brincar, jogar (ganhar e perder), e estar vivendo momentos em família!  Não importa onde, não importa o preço, não importa a quantidade de estrelas do hotel. O que importa é estar junto, brincar juntos, viajar juntos, se divertir juntos!!

 
Vamos?

segunda-feira, 16 de julho de 2012

NOVA REALIDADE: Será??


            Confesso que este post é um desabafo...  Mas quem não tem desses dias?
No fim de 2011, ano passado, decidi sair do meu trabalho e ficar em casa cuidando de meus filhos, meu esposo, e da casa propriamente dita.
Decisão difícil de ser tomada, uma vez que não estava preparada pra esse ofício. Mas estava, e ainda estou, certa de que esta era a melhor opção pra nós.
Pra que eu pudesse ficar em casa, alguns reajustes tiveram que acontecer:
1.      Parando de dar aulas, meus meninos não teriam mais as bolsas de 100% e, por conta do valor das mensalidades das escolas privadas, eles teriam que ir para a Rede Pública.
2.      Sem meu salário não poderia pagar uma funcionária, por isso teria que assumir toda a limpeza da casa.
3.      Nossas despesas teriam que baixar – ex.: Plano de TV, Internet, celular, entre outros, passaram a ser os mais básicos, sem contar os que cortamos de vez!
4.      Natação, futebol, aulas de música e inglês tiveram que ser substituídos por 1 esporte daqui do bairro, e eu assumi as aulas de inglês dos meninos.

No início foi bem difícil aceitar nossa Nova Realidade. Principalmente no quesito Escola Pública.  Mas a Rede Pública me surpreendeu muito, muito mesmo!
Fiquei bem feliz na primeira reunião de pais, após as três primeiras semanas de aula, quando eles nos apresentaram todas as atividades diagnósticas, e em cada página um parecer da professora e da pedagoga; comentando se a atividade teve intervenção do aplicador ou não; em que fase da alfabetização ele se encontrava; se estava independente ou não, entre outras coisas. Também me surpreendi quando a escola não nivelou as crianças da turma pela maioria, mas sim dividiu os alunos em três níveis, para que eles pudessem crescer em suas habilidades e conhecimentos.  Enfim, fiquei Feliz!
Ainda sinto que a escola precisa de alguns ajustes, por exemplo, a matemática e o português são trabalhados com muito afinco, mas sinto deficiência no ensino de História, Geografia e Ciências.  As crianças não possuem livro didático, e não trabalham muito os conteúdos nos cadernos e em sala de aula.  Isso pode ser estratégia da escola para o 1º ano do Fundamental: alfabetizando bem no primeiro semestre e trabalhando essas outras disciplinas com maior intensidade no segundo semestre.  Enfim, vamos ver...
Também sinto falta de disciplinas como Inglês, Espanhol e Música, mas algumas dessas já estão em discussão para serem incluídas.
Mas como nem tudo é alegria, os outros pontos de minha nova realidade estavam deixando a desejar... Principalmente o quesito dona de casa...  Não tenho dado conta, mesmo!  Mas vamos deixar o serviço de casa pra um outro post... Vamos falar de Finanças!!!
Fala sério, por mais que diminuímos, mudamos e cortamos a verdade é cruel:  Não está dando!!  Estamos passando por momentos de crise!!  E eu tinha tanta certeza de que daria super certo....  Foram tantas provas que o Senhor nos deu apontando essa direção...  O que será que aconteceu?
Bom, continuamos orando pra que Deus nos aponte uma direção para passarmos bem por essa prova: a crise!  Durante a semana que passou duas coisas aconteceram que me chamaram a atenção e eu gostaria de compartilhar com vocês.
Fui almoçar com meus meninos num pequeno restaurante aqui do meu bairro, já que eles estavam de férias e tínhamos decretado o “dia regional da preguiça”. Lá encontrei com uma colega, que é dona de uma escola, também aqui na região.  Quando ela me viu, logo perguntou:  “Kaeyllane!  Você é professora de Inglês!!!  Onde você está dando aula?” Minha resposta foi rápida, afinal eu nem tive que pensar.... “Estou em casa amiga, agora sou Dona de Casa!”  Ela me disse:  “Menina, isso é de Deus!!!”  Pensei, “claro que é né?   Afinal oramos e pedimos a orientação d’Ele!!”  Mas daí veio a proposta: 17 aulas semanais, entre Fundamental I e Ensino Médio, que me ocupariam 2 manhãs e 3 tardes.  Salário de professor é baixo mesmo, em todo lugar, mas pelo menos temos o benefício da bolsa de 100% para os filhos.
Caramba.... E agora?  Cheia de problemas financeiros, e negando proposta de trabalho????? Que situação!  Fiquei de pensar, é claro, e estou precisando urgentemente dar uma resposta...
A outra coisa que me aconteceu foi a seguinte: Moramos no segundo andar de um sobrado.  Bem lindinho, por sinal! Kkkkkkkkk    Na casa de baixo não mora ninguém, e nós nunca pensamos em alugá-la porque temos planos de reformá-la e mudarmos pra baixo.  Acredita que tivemos duas propostas de aluguel??  Nunca colocamos placa e nem comentamos com amigos ou conhecidos que temos uma casa sobrando.  Simplesmente aconteceu.  É claro que não temos “din din” pra reformar a casa de baixo e descer agora pra alugarmos a de cima.  Mas, poderíamos só dar uma pintadinha provisória para descermos, já que a casa tem piso de madeira, persianas, rebaixamento de gesso e outras coisas prontas; e depois reformar, com a gente lá dentro mesmo... 
São coisas para se pensar.  Mas perceba como o Senhor tem cuidado de nós!  Não decidi ainda se vou aceitar a proposta da escola ou se vou me mudar pra casa de baixo pra alugar a de cima, mas percebi como Deus não descansa!  Ele mostra soluções, opções, abre portas, fecha portas, mostra caminhos que podem ser provisórios para atravessarmos um trecho difícil, ou caminhos definitivos! 
São decisões difíceis e que exigem muitas mudanças: Teria que arrumar uma pessoa pra trabalhar aqui em casa nessas 3 tardes que estaria fora; teria que decidir se trocaria meus meninos de escola, e se sim, teria que comprar novos uniformes, livros didáticos e outros materiais e perder a vaga da Rede Pública; teria que diminuir drasticamente minha carga horária no curso de Licenciatura em Música da UFES, o que me atrasaria um bocado. 
Mas está na hora de pensar em um todo, não é?  Está na hora de deixar o lugar de filha, tão confortável, e passar a ocupar o lugar de Mãe, Esposa, um lugar de doação!
As decisões ainda precisam ser feitas, e eu ainda preciso orar mais um bocadinho! Mas as opiniões muito me ajudam,  fiquem à vontade em escrever (e em orar por nós também).
Ufa.... foi bom o desabafo!!  Foram muitas linhas, eu sei.... Mas em cada uma delas deixei um pouco da ansiedade que estava em mim.  Glória a Deus!!!!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

MINHA MELHOR AMIGA: Ana Maria Braga



Minhas amigas que me perdoem. E olha que fui abençoada com muuuuuuuuitas amigas, mas entre eu e “Aninha”, há um histórico de cumplicidade, compreensão e, acima de tudo, ajuda na cozinha!!!!!!
Me lembro quando meu primeiro filho nasceu. Diogo. Começaram as perguntas: “Agora você vai aprender a cozinhar, não é?” “Como você vai se virar, sem saber nada de cozinha?” “O que esse menino vai comer?” Sinceramente? Eu sequer estava entendendo o porquê dessas perguntas!  Até onde entendia, o bebê tinha acabado de nascer!! Comer?  Estão loucas?  Esse menino vai no máximo mamar!  Só preciso aprender como preparar a mamadeira!!  No mais, quando ele crescer um pouquinho, entra comigo no meu ritmo!  É isso mesmo!!  Vai andar no meu ritmo!!
Sabe aquela musiquinha: quan, quan, quan, quan.........  Dancei!
O meu ritmo era: Trabalho, lanche na rua, trabalho, pick up no Drive Thru, mais trabalho, pausa pro café, trabalho, passadinha no Supermarket pra comprar algum congelado, casa, micro-ondas, cama.  E no outro dia começa tudo outra vez...
ACORDA MENINA (cocoricóóó)!!!!  Agora eu tinha um filho!!  Minha manhã já começava diferente! Aliás... que horas começa a manhã mesmo?  Passava a noite inteira amamentando, que nem sabia quando a manhã começava...  Mas enfim, a mudança era necessária!
Fraldas, mamadeiras, cólicas, idas e vindas ao Day Care, onde ele passava o dia enquanto eu trabalhava.  Minhas passadinhas no Supermarket não eram mais as mesmas, acompanhadas por Diogo. Aliás, era necessário um esquema melhor pra eu não precisar mais dessas saidinhas! Mas uma coisa era certa: Minha relação com a cozinha teria que mudar. Ele já estava crescendo. Completou 1 ano à base de papinhas de supermercado!  Chegou a hora!
Respirei fundo, olhei cada panela, fogão, geladeira, pensei: E agora? Não sei nem passar um bife  arroz então… (bom, tenho que confessar que até hoje me enrolo no arroz kkkkkkkkkk  Sou salva por minha linda e bela “panelinha de arroz”, conhece?)  Tinha que recorrer a alguém... Mas quem? Me lembrei dos programas da manhã que costumava assistir quando estava em casa: Ana Maria Braga!
Ana Maria costumava dizer em seu bloco de culinária:  “Essa é muito simples!”  E um dia após o outro continuava dizendo: “Essa receita qualquer um faz, gente, é muito fácil!” Caramba, era isso que eu precisava!!  Entrei no site e digitei: RECEITAS SIMPLES.
O que??????  Meu Deus! Muitas e muitas receitas apareceram, mas simples?????  O que será que ela chama de simples?  Fui procurando, eu tinha que encontrar.  Não, não, essa não, ah... quem sabe essa, deixa eu ler...hum... não.  Não também, não, não e não.  Ufa!  Vou ter que trocar meu foco... vou procurando pelas menos difíceis... Bom, resolvi tentar uma.  Queria fazer bonito!  Tinha prometido janta ao meu esposo quando ele chegasse do trabalho, não dava pra fazer miojo, não é mesmo?
Me lembro até hoje de nossa janta:  Arroz branco (feito em minha panelinha de arroz sagrada!), Feijão enlatado (muito comum lá nos EUA, é só jogar na panela com um alhozinho frito e sal), uma sacolinha de batata palha e minha “especialidade”: ALMÔNDEGAS PORCO ESPINHO! Tenho certeza de que deve estar lá no site ainda, mas me lembro de cada detalhe da receita, mesmo porque fiz várias vezes!!!!
300 g. de carne moída, 1 ovo, ½ xícara de chá de arroz cru, ½ cebola picadinha, salsinha, sal a gosto. Junte tudo numa tigela, misture muito bem e faça as bolinhas de almôndegas.  Enquanto isso, numa panela com 4 colheres de azeite, refogue 2 dentes de alho e ½ cebola picadinha.  Junte 2 latas de molho de tomate pronto, 1 copo de vinho tinto, 1 tablete de caldo de carne dissolvido em 1 copo de água, sal e manjericão a gosto.
Quando o molho estiver levantando fervura coloque as almôndegas aos poucos, e cozinhe em fogo médio até o arroz estar cozido, mexendo de vez em quando.  Foi Batata! Ops, não! Quer dizer: Almôndegas deliciosas!
Gente, e não é que deu certo!!  Desde então Ana Maria Braga se tornou meu apoio culinário!!  Ouvi uma vez que Deus vê em nós aquilo que não vemos em nós mesmos. E isso é uma verdade. Nesse caso, quando eu realmente precisei de dotes culinários eles vieram! E você pode ter certeza, quando realmente estiver precisando de algo, isso irá acontecer.  Ele coloca as pessoas certas em seu caminho, na hora certa, da melhor maneira.
Servi um delicioso jantar naquela noite!  Corri numa lojinha brasileira e consegui encontrar a última garrafa de suco de caju!  Uma raridade pra nós! Preparei a mesa, coloquei a cadeirinha de Diogo lá com a gente. Foi surpreendente para todos!  Ninguém, nem eu mesmo acreditava que eu podia fazer algo assim! Talvez, pra você pode parecer pouco, ou simples, mas só eu podia entender o tamanho daquele milagre!
Começava aí meu gosto pela culinária, o que mais tarde se tornaria uma paixão pelo cuidado de minha família. Pacote completo: Esposa, Mãe e Dona de Casa! Quem diria que aquela menina que não sabia absolutamente nada na cozinha, estaria hoje fazendo questão de cozinhar para sua família e amigos!  Deus é tremendo!  Quando clamamos ao Senhor e buscamos a Ele, Deus nos surpreende! 
 Age em minha vida, eu quero sempre ser surpreendida pelo Senhor! Sei que a Tua Fidelidade leva minha vida mais além do que eu posso imaginar!
E você? Quer ser também surpreendida pelo Senhor?